sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Acre é o melhor estado para se viver, sera ?


Cerca de 20 caminhoneiros que trabalham no trecho da BR 364, rumo a Cruzeiro do Sul, se reuniram em Rio Branco, nessa quinta-feira (02). Eles discutiram sobre os prejuízos que tem levado. "Já perdemos muito dinheiro, os caminhões ficam parados e a gente não pode fazer nada", disse o caminhoneiro Elias Chiulli.

O clima era de insatisfação, os motoristas alegam que fica impossível sustentar a família, trabalhando durante quatro meses no ano. "O DERACRE impede que a gente transite no período de chuva, porque alguns ficam atolados mesmo e acabam pedido ajuda ao próprio DERACRE e isso causa despesas, mas nem todos precisam seguir isso, meu caminhão tem condições de fazer o trajeto", justifica Chiulli.
Ubiracy Ramos sempre trabalhou nas estradas. São mais de trinta anos de experiência somente com veículos pesados. Ele explica que cada caminhão precisa seguir uma cota de peso ajustada conforme o departamento de estradas e rodagens do acre, e que essa medida varia de acordo com a utilidade da carga. " Se eu carrego oito mil quilos de tomate, não posso rodar porque isso pode prejudicar a estrada, tudo bem.. mas se eu estivesse carregando o dobro disso com equipamentos do DERACRE, eu podia circular tranquilamente, ou seja, a regra serve só pra uns".
Chiulli lembrou de um episódio que o deixou preso por 17 dias. Ele tentou percorrer pela estrada com uma carga, em um período que não era permitido. " Os policiais me prenderam por todo esse tempo sem justificativa, fui algemado. Não sou bandido, sou um trabalhador, fui solto pelo juiz Romário Divino", e acrescenta, "os policiais rodoviários estaduais precisam estar mais preparados para lidar com a gente, eu só quero ter condições pra trabalhar".
Os motoristas ainda disseram que as obras de construção da estrada estão atrasadas e alguns trechos destruídos "do seringal liberdade pra Cruzeiro está tudo acabado, em feijó nem se fale... o asfalto não aguenta! nós queremos mais agilidade nos trabalhos", disse Ramos.
Previstos R$ 540 milhões para a conclusão da construção e pavimentação do trecho Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, da BR 364. A meta segundo um relatório do Ministério dos Transportes é de 339 km. A obra faz parte dos investimentos de infraestrutura do programa de aceleração do crescimento - PAC, na região amazônica.
Elias Chiulli finaliza, "nós não queremos causar problemas, a gente quer conversar e tentar resolver o problema". Segundo os trabalhadores, ninguém se manifestou até agora. Existe ainda, por parte deles, a ameaça de fecharem a estrada, no início do verão, caso não sejam atendidos.

Um comentário:

  1. elias sou ivan chiulli filho de joao chiulli sobrinho de genoario chiulli talves seu avo tambem sofro com o ibama sou madeireiro pecuarista eu acompanho seu relato voce nao nega o mome continue lutando.

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